Conquanto dados estatísticos do escritório de Ministério Voluntário da Igreja Adventista do Sétimo Dia indiquem que o número de estudantes missionários permanece firme, o dirigente da Igreja a nível mundial, G. T. Ng, pensa que menos profissionais treinados e experientes -- particularmente médicos e professores de nível universitário da América do Norte -- estão trocando práticas de êxito por estipêndios de missionário e incerteza quanto ao futuro.
Os pioneiros adventistas viviam e respiravam missão, diz Ng. Como um grupo pequeno e entusiasta, eles tinham o objetivo de espalhar a mensagem de esperança que haviam recentemente aceitado e aparentemente eram imunes aos sacrifícios que uma vida dedicada a missão requer, lembra ele.
"Por que J.N. Andrews [o primeiro missionário da Igreja Adventista] foi para a Suíça? O que o compeliu a isso?" Ng indaga, tentando captar o impulso que os primeiros membros da Igreja sentiam por missão.
Embora aventura, viagem e obtenção de experiência cultural possam compor a lista de respostas possíveis, Ng diz que os missionários são fundamentalmente motivados por um "extremo amor de servir a Deus". E ele sabe que esse "tremendo" chamado se dá entre um membro da Igreja e Deus -- "nós não desempenhamos nenhum papel. Podemos apenas apanhar o telefone e perguntar".
Com mais de 16 milhões de membros por todo o mundo e a rede global da Igreja de escolas e hospitais, alguns dos adventistas modernos podem sentir menos urgência no chamado bíblico do "ide e pregai", sugere Ng.
Contudo, agora não é tempo de descansar sobre os lauréis, ele opina. Embora 900 missionários atualmente sirvam à Igreja a longo termo, Ng estima que a denominação precisa de centenas mais.
A situação, como Ng descreve, é um enigma. Se consideravelmente mais missionários se apresentassem, a Igreja a nível mundial poderia provavelmente reunir um orçamento maior, mas a atual dotação -- 25 milhões de dólares anualmente -- não é suficientemente magnética para atrair tantos quantos Ng julga serem necessários.
Recentemente Ng, que na atualidade é um secretário associado para as regiões da Ásia-Pacífico Setentrional, Ásia Meridional e Trans-Europeia concedeu uma entrevista à Rede Adventista de Notícias para compartilhar suas preocupações sobre missões e o que pesa para levar a mensagem de esperança da Igreja.
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